terça-feira, 20 de abril de 2010

GUERRA AO TERROR - Kathryn Bigelow

Amigo, sabe o que é fugir de um filme até o último instante? Fugi, fugi, mas não teve jeito. Fui cercado pelos comentários da mídia, pelo glamour do Oscar, por blogs, twitter's e tudo que é capaz de vender, ou comprar, uma opinião. Seja ela singular, banhada em senso comum ou "VARADA" de bala e sujo de sangue, se é que posso dizer assim.

Dando seqüência, chegou minha vez de ver o grande vencedor de estatuetas deste ano, GUERRA AO TERROR. Não foi numa telona e numa poltrona das mais confortáveis, mas foi numa TV de tubo, deitado no sofá da sala. Mas rolou!

Contar o filme não é minha intenção, porque a minha visão e opinião não é regra a ser seguida e muita gente ainda não viu. Então, vou ponderar muitas palavras prá fugir do "revelatório" e da "mesmice".

Muita coisa me chamou a atenção nesta película de Kathryn Bigelow. As atuações que se conflitavam numa guerra particular dentro de uma "guerra" gerada, ou produzida, ou seqüenciada, como queira; Os closes em detalhes de cada bala atirada, de cada olhar, da pipa na hora da dor, das bombas que exigiam atenção... Do garoto do DVD, do jogo de mentiras e prepotência, brincadeiras, traição, piadas... A forma como começa, a forma como termina... E a certeza de que cada ser humano tem uma partícula de cada momento deste filme. Eu, você e muitos outros amigos de nosso ciclo de amizade e familiar, porque não?

Quantas coisas deveríamos amar e deixamos de lado por acreditar, que podemos fazer de tudo e quando voltarmos, as mesmas coisas estarão intactas como sempre foi?

Existe esse jogo em sua cabeça? Existe essa perseguição?

GUERRA AO TERROR é um dos melhores filmes de guerra já feito na história do cinema. A Guerra tratada como conflito psicológico e extremamente distorcida no emocional. É papo de gente grande. É filme de gente grande. Valorizando a guerra que há em você, movida pelo vício!


Fabiano Miranda.